Em matéria de administração dos recursos públicos, mormente a nível federal, estamos no fundo do poço. As recentes falcatruas noticiadas pela Rede Globo, onde, frente a milhões de telespectadores nacionais, com reprecussão internacional, num setor de vital importância, como a saúde pública, onde os protagonistas afirmam, com a maior naturalidade, que as propinas entre 15% e 20% no setor público, “são normais”, e a participação financeira dos responsáveis pelas “licitações”, “concorrências”, “safadezas”, dê-se o nome que bem entender, são ditadas pelos mesmos. Em suma, “o ladrão estabelece o volume do roubo.”Sim, há luzes no fim do túnel. As novas gerações que aí estão chegando, os brasileirinhos, nascem peladinhos e honestos. Os desvios são de conduta, ao longo do caminho, fruto do mau exemplo dos adultos. Comecemos já por impregnar os jovens de princípios éticos, disciplinadores, com foco real no distante dístico do pavilhão nacional: “Ordem e Progresso”, tão desrespeitado. Com mestres bem pagos, bem preparados, formaremos novas gerações de brasileiros, onde o jovem, ainda muito cedo, veja-se absorvido por um mercado de trabalho que busque capacitar e absorver cidadãos probos e competentes, respeitadores dos sagrados bens públicos e privados. Que não haja desempregados, senão os vadios (que a justiça fique de olho neles). Que seja tecnificada, desde os albores da juventude, a tecnificação da emergente mão-de-obra a adentrar o mercado de trabalho. Que não aconteça mais do Brasil ver-se obrigado a importar mão-de-obra qualificada, a exemplo do polo naval de Rio Grande. Que os bons políticos surjam de nova postura ética, com “ficha limpa”, fruto da escolha de eleitores também conscientes e comprometidos com o bem público. Façâ-lo já, antes tarde do que nunca. Depois é chorar o leite derramado.-
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