É possível que a Câmara de Vereadores de Santiago seja comedida em seus gastos. Se pode dispor de 6% do orçamento municipal, fazendo-o em somente 4,5%, não deixa de ser um gesto de grandeza. Ao mesmo tempo, a fixação dos subsídios em 20% daqueles atribuidos aos deputados estaduais, quando a lei permite até 30%, merece nossa consideração. Aqueles que acompanham os trabalhos legislativos, mesmo aqueles que lá estiveram em outras eras, como o Edison (2 mandatos) e o Tita (3 mandatos), sabem que o legislativo faz-se ponderável ao legislar, fiscalizando a administração, em suma, fazendo o “meio de campo” entre a comunidade e a prefeitura. Contudo, a elevação do número de vereadores, onde não se fará seguro de que a qualidade prevalecerá sobre a quantidade, foi um ato que sobrepos os interesses pessoais aos coletivos, permitindo que os partidos elejam mais vereadores, assegurando, ainda, de forma mais efetiva a própria reeleição. Hoje, são 13 vereadores, amanhã, para a legislatura que se inicia em 2017, serão 15 vereadores, pois a população de Santiago já deverá ter ultrapssado 50.000 habitantes, capacitando uma representação de, até 15 cadeiras no legislativo santiaguense. São algumas centenas de milhares de reais que teriam outras destinações, no mínimo para completar os baixos salários da grande maioria do funcionalismo municipal. É uma pena, mas cremos que nossos legisladores contrariaram a opinião pública, pelo que merecem a crítica daqueles que se posicionaram contra a medida. Sempre se disse que “quanto mais foice, maior o roçado”, entretanto, saliente-se, far-se-á manifesta vantagem havendo “menos foices quando, também, o roçado for menor”.
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