terça-feira, 17 de abril de 2012

Facetas da Revolução Farroupilha

Foi uma luta armada que aconteceu no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, no período de 1835/1845. Isso todo o mundo sabe. Já nos estertores do movimento revolucionário, manifestava-se o interesse pela pacificação das partes beligerantes, contudo um óbice intransponível. Os generais comandantes farroupilhas, diga-se Bento Gonçalves da Silva, Onofre Pires e Antonio Neto, não só eram fiéis aos seus princípios, mas, dentre estes, à promessa de alforria dos escravos combatentes, os temidos “lanceiros negros”, cuja participação, no campo de batalha, era aterrorizante para as forças imperiais. O general David Canabarro era escravagista, alinhando-se com os ideais imperiais, os quais não queriam abrir mão do braço escravo. Em 14 de novembro de 1844, às margens do Arroio Porongos, no hoje município de Pinheiro Machado, os batalhões dos lanceiros negros, foram desarmados e acampados separados do restante das tropas sob o comando do general David Canabarro, para que, na calada da noite fossem atacados, de tocaia, sem possibilidade de reação, com mais de cem mortes e centenas de prisioneiros, os quais foram encaminhados para trabalhar na lavoura canavieira. Informam inúmeros historiadores, até com documentos, que o genocídio dos “lanceiros negros” fora engendrado, previamente, pelo generais David Canabarro e Luiz Alves da Lima e Silva. Se real, é uma nódoa que maculará para sempre, não só a Epopéia Farroupilha, mas, sobretudo a história destes generais, tão reverenciados no Rio Grande. Fica a dúvida para opiniões mais abalizadas deitarem luz sobre a verdade.

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