terça-feira, 17 de abril de 2012

O Brasil tem a sua marcha histórica

Não restam dúvidas de que o Brasil tem a sua marcha histórica, desde o “descobrimento”, até nossos dias, assemelhado a uma locomotiva a vapor. Produz cem por cento de energia e aproveita somente trinta. Ou se assemelha a um veículo automotor, com cinco ou seis marchas, entretanto, só anda em primeira e segunda.  Não buscamos, simplesmente, a otimização.  Também, a sorte não nos tem bafejado.   Só em ser “descobertos” por portugueses (povo comerciante, pouco afeito à agricultura e ao desenvolvimento industrial, pelo menos na época), ao invés de ingleses, franceses ou holandeses, estes sim, conhecidos como colonizadores e industrializadores, o que resultou num prejuízo considerável.  Veja-se que, após a descoberta, os portuguesses arrendaram, por cem anos, para os franceses, a nova terra , a fim de que explorassem a tintura obtida de pau-brasil.  Essa afirmação vê-se confirmada pelo desenvolvimento que os holandeses imprmiram quando da ocupação de Pernambuco.  O Rio Grande do Sul, por sua vez, foi duas vezes penalizado, quando portugueses destruiram as Missões Jesuíticas.   Contudo, não sejamos totalmente ingratos.  Os portugueses empurraram nossas fronteiras até quase os contrafortes da cordilheira andina.    O Brasil seguiu seus desígnios históricos, também sofrendo contratempos que buscou por conta própria, jogando fora oportunidades de aprimoramento político, por exemplo, com a proclamação da república, com a modificação da forma de governo, de parlamentarismo para presidencialismo.  Simplesmente nos colocamos na contra-mão da história, onde a maioria esmagadora dos povos, especialmente os mais desenvolvidos, optaram pelo sistema parlamentar de governo.    Para copiar o “primo rico” da América do Norte, proclamamos a república.   O povo se viu alheio à transformação.    O imperador era amado.   Foi uma decisão da elite política e intelectual.   Posteriormente, em data mais recente, tivemos uma oportunidade de nos corrigirmos, quando do governo João Goulart.    Não nos emendamos.   O sistema parlamentar de governo, onde o chefe de estado preside ou reina (Luiz Inacio fazia as duas coisas), mas não governa, foi regeitado.   Esta é função do primeiro ministro.   Aliás, exatamente o que tem acontecido conosco, em passado breve, onde os ex-presidentes Fernando Henrique e Luiz Inácio, mais fizeram relações públicas, viajando, do que, propriamente, governando.

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